Ciências da Educação Dissertações de Mestrado
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O trabalho experimental como promoção da qualidade do ensino da química
Autor:
Vítor Manuel Góis
Mordido
Mestrado em Ensino das Ciências
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Resumo O presente estudo procura descortinar se é aplicado, por parte dos professores, o trabalho experimental como estratégia pedagógica no ensino da Química. Desta verificação, resultam dois caminhos que serão estes o cerne da análise em questão. Se os professores anuírem, então caracterizar-se-á o modo como estes desenvolvem o trabalho experimental, a importância que dão à sua aplicação, que resultados esperam da sua utilização e os que realmente obtêm e, por fim, a avaliação que fazem do trabalho experimental. Se, por outro lado, os professores não fizerem uso do trabalho experimental no desenvolvimento das suas aulas, então procurar-se-á fazer o levantamento dos motivos que tenham estado na sua origem. Neste caso, procuraram-se os constrangimentos que levaram à não utilização do trabalho experimental, mas sempre tendo em linha de conta que não se pretendia fazer críticas destrutivas ao trabalho realizado pelos Professores, mas sim fazer o levantamento das situações que possam inviabilizar a realização do trabalho experimental no ensino da Química, de modo a fazer emergir algumas propostas que conduzam à realização do trabalho experimental como a estratégia de ensino mais adequada. Para a execução do estudo houve necessidade de efectuar uma tentativa de clarificar conceitos, tais como, trabalho experimental, trabalho prático e trabalho laboratorial e também de averiguar o modo como o professor encara a sua vida profissional. Assim, ficamos mais aptos a poder lidar com a actuação do Professor em situação de sala de aula e a representação que têm da realização de trabalho experimental. Para a condução do estudo foi privilegiada a análise qualitativa, com a realização de entrevistas semi-estruturadas a Professores de Química dos ensinos Básico e Secundário que permitiram a análise e interpretação das informações obtidas. No final, as ilações que emergiram foram que os professores assumem o trabalho experimental como ferramenta pedagógica no ensino da Química, quer na vertente de motivação dos alunos para que fiquem mais sensibilizados aos benefícios da ciência e saberem responder eficazmente como adultos atentos aos avanços tecnológicos que daí resultam, quer como consolidação dos conteúdos planificados, de modo a que os alunos, no final do seu plano de estudos, alcancem as competências essenciais preconizadas na legislação em vigor no ensino em Portugal. Nas situações em que o Professor não aplica o trabalho experimental, verifica-se que é por motivos que lhe transcendem, principalmente por falta de recursos materiais e físicos da escola onde se encontra a leccionar. No entanto, apesar desses constrangimentos, o Professor procura, mesmo assim, apresentar um mínimo de actividades que, não sendo o trabalho experimental desejado, consegue proporcionar aos alunos algum contacto com a realidade da Química como ciência experimental. Deste modo, emerge a recomendação aos serviços centrais ou órgãos de poder que coloquem à disposição dos professores as condições materiais e físicas necessárias à correspondente exigência que emanam, quer directa, quer indirectamente, para a realização das actividades de trabalho experimental, que esperam que os alunos consigam alcançar as competências essenciais, no ensino da Química, através da manipulação, descoberta de um quadro de saberes de como Fazer Ciência
Palavras chave:
Ensino das ciências, Ensino da química,
Métodos experimentais, Science teaching, Chemistry teaching,
Experimental methods.
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