Medicina / Ciências Médicas e da Saúde

Dissertações de Mestrado

 

Epidemiologia Genética da Cefaleia em Salvas

 

Autor: Simão Pedro Campos Cruz
Orientador: JM Pereira Monteiro, José Barros

 

Mestrado Integrado em Medicina

Instituto de Ciências Biomédicas Abel Salazar

Universidade do Porto
 

 

continuar

 

Epidemiologia Genética da Cefaleia em Salvas

Resumo

INTRODUÇÃO: A cefaleia em Salvas (CH) é uma cefaleia primária que se caracteriza clinicamente pela ocorrência de crises com duração de 15 a 180 minutos de dor orbitária, supraorbitária ou temporal, unilateral não alternante, de intensidade severa ou muito severa, acompanhada de manifestações disautonómicas ipsilaterais. Pode ser episódica (períodos de remissão >1 mês) ou crónica (períodos de remissão <1 mês. Diversas publicações sugerem uma forte agregação familiar, não havendo contudo estudos dedicados a esta questão realizados em Portugal.
OBJECTIVOS: Caracterizar probandos e familiares em 1º grau relativamente a parâmetros demográficos e clínicos; encontrar casos de CH sine cefaleia entre os familiares; avaliar a agregação familiar da CH.
MATERIAL E MÉTODOS: A amostra inicial foi composta por 77 doentes seguidos na Consulta de Cefaleias do Hospital de Santo António nos últimos 15 anos. Os probandos foram entrevistados por telefone utilizando um questionário concordante com os critérios ICHD-II. Posteriormente foram entrevistados os familiares em 1º grau. Para avaliação da agregação familiar estimou-se o Risco Relativo (RR).
RESULTADOS: Dos 77 indivíduos iniciais apenas foi possível contactar 36. Destes, 22 foram classificados como CH e 2 como provável CH. Dos 142 familiares em 1º grau dos 24 probandos com CH ou provável CH, 3 foram classificados como CH episódica e 2 como provável CH, sendo um destes um caso de CH sine cefaleia. Considerando os 5 casos e comparando com uma prevalência de 1/1000 obtida num estudo populacional português (que incluiu casos completos e incompletos) o RR estimado foi 35,21. Considerando apenas os 3 casos completos no conjunto dos 130 familiares dos probandos com CH completa e para uma prevalência de 0,5/1000 (que inclui apenas casos completos) o RR estimado para os familiares em 1º grau foi 46 vezes superior ao da população.
CONCLUSÕES: Apesar da reduzida dimensão da amostra concluiu-se que a CH tem uma forte agregação familiar. Estes resultados reforçam a hipótese de que a CH tenha uma importante componente genética.

 

Índice

RESUMO
I. PROPOSTA DE PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO

TÍTULO

INSTITUIÇÕES, DEPARTAMENTOS E SERVIÇOS 

UNIDADES DE INVESTIGAÇÃO
EQUIPA DE INVESTIGAÇÃO 
DESENHO DO ESTUDO
CALENDARIZAÇÃO

A. PLANO CIENTÍFICO

1) INTRODUÇÃO E ESTADO DA ARTE

a) Manifestações clínicas da CH
b) Fisiopatologia 
c) Epidemiologia
d) Factores genéticos

2) PROBLEMAS

3) HIPÓTESES DE TRABALHO

4) OBJECTIVOS

5) IMPLICAÇÕES

6) ENQUADRAMENTO, MOTIVAÇÕES E CONDIÇÕES DE EXECUÇÃO

7) DESENHO DO ESTUDO E METODOLOGIA

7.1. TIPO DE ESTUDO
7.2. PARTICIPANTES E ELEGIBILIDADE

7.2.1. SELECÇÃO DOS PARTICIPANTES

7.3. PROCEDIMENTO

7.4. INSTRUMENTOS DE RECOLHA DE DADOS
7.5. TAREFAS
7.6. RECOLHA DE DADOS
7.7. TRATAMENTO DE DADOS E ANÁLISE ESTATÍSTICA

8) RESULTADOS ESPERADOS

9) INDICADORES DE PRODUÇÃO CIENTÍFICA

B. QUESTÕES ÉTICAS

C. PLANO FINANCEIRO

II. RELATÓRIO DE EXECUÇÃO DO PROJECTO DE INVESTIGAÇÃO

MATERIAL E MÉTODOS
RESULTADOS
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

ANEXOS

ANEXO 1: CRITÉRIOS DE CLASSIFICAÇÃO DAS CTA
ANEXO 2: QUESTIONÁRIO PARA OS PROBANDOS

ANEXO 3: QUESTIONÁRIO PARA OS FAMILIARES

ANEXO 4: INFORMAÇÃO AO DOENTE PARTICIPANTE NO ESTUDO

ABREVIATURAS/ACRÓNIMOS.

BIBLIOGRAFIA
 

 

Capa

Tese Mestrado