Gestão / Administração

Dissertações de Mestrado

 

Gestão do Risco nas Organizações de Saúde
Percepção dos profissionais face ao papel do
gestor de risco

 

Autor: Vânia Cristina Nunes Gomes Gonçalves
Orientador:
Luís Martins

 

Mestrado em Gestão dos Serviços de Saúde

Instituição ISCTE - IUL
 

 

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Gestão do Risco nas Organizações de Saúde

Resumo

A gestão de risco na área da saúde é uma área em desenvolvimento em Portugal, pelo que procurámos investigar o perfil do gestor do risco nas organizações de saúde portuguesas e quais as implicações da sua actuação. Os objectivos visavam a identificação do perfil do gestor de risco, através da enumeração das suas principais tarefas e áreas de actuação, avaliando-se concomitantemente as competências fundamentais para adequado desempenho da função. No sentido de avaliar as implicações da sua actuação, abordámos a cultura de orientação ao erro e a cultura da fiabilidade dos profissionais para compreender o fenómeno em estudo. No enquadramento teórico, foram abordados aspectos relacionados com a gestão da qualidade e seu impacto nas políticas de gestão, em termos da aplicação do processo de acreditação e da adopção de medidas que incentivam a cultura de orientação ao erro e a cultura da fiabilidade, as quais caracterizam e diferenciam as organizações altamente fiáveis. A dicotomia existente entre o erro e o risco foi abordada, assim como uma caracterização da gestão do risco, na qual se descreveu o profissional que assume as funções da gestão do risco e a necessidade de definir um perfil de competências. Para proceder ao estudo, foi utilizada uma abordagem qualitativa e quantitativa, do tipo descritivo, analítico, comparativo e exploratório, existindo dois momentos de avaliação, através da realização de entrevistas e posterior aplicação de questionários a profissionais nas organizações de saúde. A população do estudo corresponde a todos os gestores de risco e colaboradores, nomeadamente, enfermeiros-chefes e colaboradores na gestão, enfermeiros supervisores, directores e chefes de serviço médico das organizações de saúde de Portugal acreditadas ou em processo de acreditação. O tratamento dos dados teve por base uma análise quantitativa e qualitativa de conteúdo, de que destacamos o tratamento informático SPSS e EXCEL que constou da estatística não paramétrica e paramétrica. Como principais conclusões destacamos o facto de uma maior experiência profissional contribuir para a sensibilização e compreensão dos profissionais face ao perfil do gestor do risco (enumeração das suas tarefas), e uma mais eficaz cultura da fiabilidade e de orientação ao erro. Esta sensibilização foi notada não só para os gestores de risco como para os outros grupos profissionais estudados, onde a experiência profissional e a formação têm papel preponderante Constatou-se igualmente a existência de relação entre a cultura da fiabilidade e a cultura de orientação ao erro e sua gestão, sendo as mesmas ainda influenciadas pelo tempo de exercício profissional dos profissionais, ao qual se acresce a influência detectada sobre a enumeração de tarefas para delineamento de funções do gestor do risco. Porém, esta última, não é influenciada nem pela cultura da fiabilidade nem pela cultura da orientação ao erro. A acreditação das organizações de saúde permite uma maior sensibilização dos seus profissionais a todas estas áreas, pois são aspectos fulcrais para o programa de acreditação e consequentemente para a melhoria da qualidade dos serviços prestados pelas mesmas, pelo que influencia a cultura da fiabilidade e de orientação ao erro existentes nas organizações.

 

Palavras chave: Gestão do risco, Organizações de saúde

 

Índice

1 - INTRODUÇÃO

2 - APRESENTAÇÃO E FORMULAÇÃO DO PROBLEMA

3 - GESTÃO DO RISCO – REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

3.1 -Gestão d a q u a l i d a d e – sua importância

3.1.1 - Acreditação dos Serviços de Saúde

3.1.2 - Organizações Altamente Fiáveis

3.2 -Risco e Erro – 2 conceitos interligados

3.3 -Gestão do Risco – Principais características

3.3.1 - Gestor do Risco

3.3.2 - Perfil de Competências em Gestão

4 - DESCRIÇÃO DA METODOLOGIA

4.1 -Tipo de estudo
4.2 -População e amostra

4.3 -Instrumento de colheita de dados

4.3.1 - Definição das variáveis em estudo
4.3.2 - Recolha de dados
4.3.3 - Processamento e Análise da colheita de dados

4.4 -Desenho do estudo

4.5 -Hipóteses em estudo
4.6 -C o n s i d e r a ç õ e s é t i c a s
4.7 -Limitações do estudo e Implicações

5 - APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E DISCUSSÃO DOS RESULTADOS

5.1 -1ª Parte: Entrevistas semi-estruturadas
5.2 -2ª Parte: Questionários

5.2.1 - Enumeração das tarefas do Gestor do Risco
5.2.2 - Competências para o desempenho da função do Gestor do risco
5.2.3 - Cultura de Orientação ao Erro
5.2.4 - Cultura da Fiabilidade
5.2.5 - Análise da variância dos gestores e não gestores de risco
relativamente ao risco
5.2.6 - Análise comparativa entre as Organizações de Saúde
5.2.7 - Hipóteses em estudo

6 - CONCLUSÃO

7 - REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

ANEXOS

Anexo I – Instrumento de Colheita de Dados: Entrevista

Anexo II – Instrumento de Colheita de Dados: Questionário

Anexo III – Pedido de autorização para a realização do estudo

Anexo IV – Verbatim das Entrevistas

Anexo V – Significados Formulados

 

 

Trabalho completo

Anexo I - Guião da Entrevista

Anexo II - Questionário

Anexo III - Pedido Autorização

Anexo IV - Verbatim da Entrevistas

Anexo V - Significados formulados